XXVI- TEXTO COMPLEMENTAR/INTERATIVO
O MUNDO É TÃO ESQUISITO: TEM MOSQUITO! |
Felipe Moron |
Publicação Original: CBME InFormação Nº 1- Data de publicação original: 01/09/2003
O nome para esta seção, inspirado na poesia de Vinícius de Moraes, resgata o que há de mais belo na ciência e que muitas vezes acaba sendo deixado de lado nas escolas ou universidades: o encantamento com a natureza!
O mundo é esquisito sim. E é isso o que o torna tão surpreendente. Basta lançar um olhar mais crítico à sua volta e você vai entender a necessidade de se compreender a Natureza e toda a sua esquisitice! Eis o que move todo o avanço científico.
E, para iniciar uma série de pequenas crônicas que vão estimular a curiosidade científica do leitor, vamos começar falando de uma importante fonte alimentar: a carne.
Antes de mais nada, pare de ler este texto e dê uma olhada nas suas mãos por alguns segundos... Já voltou? Entre outros tantos questionamentos que você pode estar se fazendo, talvez tenha surgido a pergunta: – Afinal, o que é a minha mão?
E essa pergunta tem, obviamente, várias respostas. Uma delas, do ponto de vista estrutural, é que tudo na sua mão é formado, entre outros componentes, por proteínas.
O colágeno, por exemplo, é encontrado nos tendões, ossos, cartilagens e pele; a queratina está presente na pele, unhas e pêlos; a albumina é um dos principais componentes do plasma sangüíneo.
E criar estruturas é apenas um dos inúmeros papéis que as proteínas desempenham no corpo humano. Daí a importância de comermos carne, nossa principal fonte protéica.
Infelizmente, problemas sócio-econômicos, tão intensos no Brasil, não permitem que boa parte da população tenha acesso a esse alimento. Além disso, muitas pessoas evitam o seu consumo pensando em evitar os prejuízos que ele pode causar à saúde – é claro que, em excesso, a carne pode fazer mal.
Mas, se os argumentos científicos ainda não convenceram você dos benefícios que ela pode trazer, vamos recorrer nova-mente ao Poetinha:
“Não nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos, roedor; nasci
Onívoro; dêem-me feijão com arroz
E um bife, e um queijo forte, e parati
E eu morrerei, feliz, do coração
De ter vivido sem comer em vão.”
Felipe Moron é jornalista e licenciando em Ciências Exatas
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