VIII OBB/2012- OLIMPÍADA BRASILEIRA DE BIOLOGIA

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sábado, 2 de abril de 2011

OBB/2012- DNA E O TESTE DE PATERNIDADE

O DNA e a nossa identidade: 
O teste de Paternidade.
por Concy Maya Caldeira
A história de cada um de nós começa com a fusão de dois gametas, o óvulo materno e o espermatozóide paterno, que irão reunir em uma nova célula suas informações genéticas, criando um indivíduo com características próprias.


Esta é a primeira célula formada
após a fecundação...



...e após a primeria divisão celular, estas são as duas células resultantes.






No núcleo desta primeira célula, está o DNA, o ácido desoxirribonucleico. Esta molécula, que herdamos de nossos pais, é tão grande que se encontra enrolada e compactada no interior do núcleo, na forma denominada cromossomo. Nossa espécie possui 23 pares de cromossomos.
Nos cromossomos está gravada a nossa identidade, que pode ser lida através da seqüências de bases do DNA, como um código, o código genético.

Quando a primeira célula iniciar seu processo de divisão celular, a informação contida no código genético, herdada de cada um nossos pais, será transmitida para todas as novas células formadas. Isto significa que o DNA existente  no núcleo de cada uma dessas novas células é sempre igual.
O código genético está contido em regiões denominadas genes, responsáveis por determinar as características de cada indivíduo. Além do código genético, o DNA possui, também, regiões que não são responsáveis pelo desenvolvimento de características, estas regiões  aparentemente sem função,  são  denominadas de DNA silencioso.
Estas regiões estão presentes ao longo de toda a molécula de DNA. Na verdade, existem em maior número que as regiões gênicas e, curiosamente, apresentam seqüências polimórficas, isto é, que apresentam diferenças, variando de um indivíduo para outro. O conjunto destas regiões polimórficas nos faz únicos, funcionando como impressões digitais do DNA e, portanto, servem para nos identificar e  identificar nossa origem, tanto materna como paterna, uma vez que são herdadas e transmitidas de pais para filhos, da mesma forma que os genes.
A partir desta descoberta, foram criados os testes de investigação de paternidade. Através do estudo das regiões polimórficas do DNA de um filho e da comparação destas com as mesmas regiões de um suposto pai, é possível afirmar se a criança herdou daquele suposto pai seu DNA.

Regiões polimórficas maternas (azuis) e paternas (amarelas) são transmitidas para os filhos F1 e F3 de sua prole.
F2 recebeu as regiões azuis da mesma mãe que F1 e F3 porém, seu DNA paterno foi herdado de outro indivíduo (vermelho) que não é o pai de F1 e F3.
F4 seria um filho adotivo, tanto seu DNA materno quanto o paterno são diferentes de Mãe e Pai.

Este mesmo método nos permite determinar todos os possíveis filhos de um casal, como mostrado na figura ao lado:

E mesmo na ausência do suposto pai, podemos determinar a herança de um indivíduo a partir do DNA de seus ancestrais e/ou colaterais, examinando o DNA dos filhos legítimos dos pais ou dos irmãos desse suposto pai ausente.
Para possibilitar o estudo destas regiões o DNA é quebrado em pequenos fragmentos, chamados alelos, e examinado em soluções gelatinosas, onde a avaliação é feita a partir da identificação do tamanho dos alelos gerados, maternos e paternos:

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