As plantas carnívoras são aquelas que atraem, capturam, matam e digerem alguns animais, principalmente invertebrados. As flores de muitas plantas que conseguem atrair e, até mesmo, capturar e matar insetos mas só serão consideradas carnívoras se tiverem todas as características comuns a elas. Na verdade, as plantas carnívoras conseguem digerir esses pequenos invertebrados e absorver seus nutrientes.
Nesta página você vai focar conhecendo algumas das peculiaridades dessas plantas tão diferentes.
Dionaea | A Venus Flytrap, ou Dionaea, que está ao lado, é provavelmente a planta carnívora mais famosa que existe. Mas ela é apenas uma entre as muitas espécies de plantas carnívoras. Mais de 600 espécies e sub-espécies de plantas carnívoras já foram descritas. Infelizmente, devido à ação do homem na natureza, algumas delas já foram extintas. O gênero com o maior número de espécies (mais de 200) é Utricularia. |
Existem outros truques, como rápidas mandíbulas, sugadores e compostos narcóticos incrivelmente eficientes. As presas atraídas para as plantas estão fadadas à morte.
Mas, como é que uma planta carnívora digere sua presa?
As plantas carnívoras usam enzimas que digerem suas presas. Muitas delas, como a Venus Flytraps, sintetizam suas próprias enzimas digestivas. Após serem digeridas, suas presas se transformam em uma massa crocante que pode te deixar sem vontade de comer pipoca por um bom tempo.
Outras plantas carnívoras precisam de bactérias para produzir as enzimas apropriadas. Nesse caso, as plantas não excretam o suco digestivo. Quando a comida apodrece, as plantas carnívoras absorvem as moléculas decompostas por bactérias. Muitas plantas, como a Sarracenia (principalmente a Sarracenia purpurea) usa tanto suas próprias enzimas como as enzimas geradas por bactérias. Isso é conhecido por SIMBIOSE (ou MUTUALISMO) já que ambos os organismos (planta e bactéria) se beneficiam desse processo cooperativo. A planta se beneficia da sopa de inseto digerido pela bactéria, enquanto a bactéria tem um ótimo lugar para viver. A simbiose com bactérias é muito comum no mundo animal: os cupins têm bactérias em seus intestinos que ajudam a digerir a madeira e os humanos têm E. coli no intestino, ajudando a digestão do alimento. | Dionaea muscipula |
Um outro truque que algumas plantas carnívoras usam são insetos artrópodes, conhecidos por insetos assassinos, que vivem próximos às flores das plantas carnívoras. Esses insetos assassinos se arrastam em torno da planta carnívora e comem o pobre do inseto que foi capturado. É incrível como esses insetos assassinos não são pegos pelas plantas. No final, o inseto assassino defeca e o excremento é, então, absorvido pela planta. Eca! Excremento de inseto?!?
Dionaea muscipula | Algumas pessoas ainda se questionam se as plantas carnívoras dependem de bactérias ou de artrópodes para que elas possam realmente ser chamadas de "carnívoras". Divida-se que exista uma resposta para essa dúvida. A Natureza nos presenteia com uma continuidade de processos e qualquer tentativa de classificar o Universo com categorias bem definidas sem sempre é frutífero. Distinções bem definidas só acontecem nos filmes de Guerra nas Estrelas, não na vida real. Talvez a mais estranha adaptação seja de algumas espécies de Nepenthes que saiu totalmente desse seleto grupo de assassinas de insetos quando se adaptaram a viver de excrementos de pássaros. O excremento escorre pela planta até o poço onde será consumido pela planta. |
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